quinta-feira, 30 de junho de 2011

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Após interdição, PS do Maria Alice funciona em boas condições

Pronto-socorro da unidade passou quase um mês sem funcionar e hoje atende apenas pacientes de urgência ou emergência.

Por Silvia Ribeiro Dantas

Atendimento ágil e ambiente tranqüilo. É isso o que pais e as crianças que precisam de atendimento de urgência e emergência encontram no pronto-socorro do Hospital Maria Alice Fernandes, gerido pela Secretaria do Estado da Saúde Pública (Sesap) e especializado em pediatria. No local são atendidas crianças em estado grave, geralmente com crise convulsiva, acidentes, dores agudas e asma grave ou moderada.

Mas o quadro já foi bastante diferente. Durante mais de dois anos, a rotina no pronto-socorro da unidade era de longas filas, com crianças esperando até cinco horas para ser atendidas, desentendimentos entre pacientes e integrantes das equipes de saúde e inúmeras reclamações. O período mais crítico foi em abril deste ano, quando o pronto-socorro chegou a ser fechado por déficit de médicos para cumprir a escala de plantão e permaneceu interditado durante quase um mês.
Foto: Elpídio Júnior

O diretor do hospital, Wilson Cleto, conta que a situação mudou após a contratação de profissionais, o que permitiu que o pronto-socorro - interditado em 22 de abril - fosse reaberto em 13 de maio, contando com 21 pediatras para trabalhar em regime de plantão. Além disso, houve uma modificação na forma de atendimento na unidade. “Funcionávamos como um grande ambulatório, fazendo o papel de hospital, pronto-socorro e posto de saúde. Vinha criança com dor na barriga, por não estar comendo, porque tinha bicho de pé ou pano branco, ao mesmo tempo em que chegavam os pacientes com asma grave, crise convulsiva e ficavam todos juntos, o que fazia com que o atendimento para aqueles com doença grave fosse reatardado, prejudicando o resultado final”, explica.

Atualmente, os casos classificados como menos graves são encaminhados para outras instituições de saúde, como Santa Catarina, Sandra Celeste ou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Com isso, conta o diretor, o tempo de resposta de atendimento que chegava a ser de até 5 ou 6 horas, passou para 10 a 20 minutos.
Foto: Elpídio Júnior
Wilson Cleto, diretor do hospital.

A maior eficiência no tempo de resposta foi uma conseqüência da redução no volume de pacientes que chega ao Maria Alice Fernandes, que caiu de uma média mensal de 5 mil para os atuais 2 mil. “Chegamos a atender mais de 7,5 mil crianças em março deste ano e os casos mais graves correspondiam a menos da metade dos pacientes que recebíamos, até abril deste ano”, enfatiza.

Cleto lembra que no dia seguinte à reabertura do pronto-socorro, um paciente foi recebido se queixando de dor abdominal e cerca de quatro horas depois foi constatado que ele tinha um tumor. “Não sei o desfecho do caso, mas ele teve o diagnóstico correto e é provável que se a nossa demanda ainda fosse muito grande, os médicos tivessem se concentrado em acabar com a dor, sem buscar o diagnóstico imediatamente. O que mudou principalmente foi a qualidade ao atendimento de quem tem característica de urgência”, analisa.
 

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