segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Uma semana de música nunca vista em Natal

Entre 7 e 15 de outubro, a Semana da Música fará de Natal o centro das atenções da música erudita no país. Serão 18 renomados músicos nacionais e seis internacionais. Mais de 60 recitais, concertos gratuitos e apresentações inseridas em edição especial do Circuito Cultural Ribeira e em pelo menos outros oito pólos da cidade promovidos pela UFRN através da Escola de Música. Além de oficinas de instrumento e formação de orquestra e um público estimado em 20 mil pessoas durante os oito dias de evento.
Concertos com alguns dos maiores nomes da música erudita do mundo. Recitais espalhados em escolas, shoppings, universidades, hospitais e abrigo de idosos. Sinfonias, sonatas, big bands. Intercâmbio sonoro entre culturas. É Natal, de cidade vocacionada ao turismo, a centro da música de concerto.
A inscrição para as 24 oficinas começam já em 1º de agosto e prosseguem até 1º de setembro. Serão mais de 500 vagas. Metade delas é reservada a bolsistas selecionados pela perfomance instrumental. A inscrição custa R$ 50 (valor muito abaixo do cobrado por festivais similares, afora o benefício das inscrições gratuitas). São três horas diárias por cinco dias de aulas de instrumento, e três horas diárias por sete dias de prática de orquestra. Cada uma das 24 turmas será composta de pelo menos 20 alunos por instrumento.
A intenção das oficinas em formato master-classes (metodologia presencial em aulas práticas) é contribuir para o domínio da técnica do instrumento e o senso interpretativo. Provocar o aluno a reinventar processos, formas, técnicas, materiais e valores estéticos na concepção, produção e interpretação musical, envolvendo o pensamento reflexivo e crítico. A expectativa da produção do evento é receber inscrições de vários estados brasileiros e do estrangeiro.As oficinas possibilitarão formação e intercâmbio com renomados músicos, normalmente em atividades nas regiões Sul e Sudeste – distância considerada difícil à participação dos músicos e estudantes do Nordeste, sem recursos para transporte até o evento e custos da hospedagem. E são poucos os festivais, master-classes, workshops, palestras e oficinas no Rio Grande do Norte e no Nordeste, causando desigualdade enorme entre as regiões do país. “Existem inúmeras técnicas específicas para cada instrumento. Muitas delas peculiares, desenvolvidas pelo próprio músico. E esse conhecimento é baseado principalmente na transmissão oral e desenvolvida empiricamente. Então, o contato com profissionais e professores de alto nível é imprescindível à formação do músico”, ressalta o coordenador geral do evento e professor da Escola de Música da UFRN, Amandy Araújo.

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